Sondagem para Exploração Mineral
A sondagem é o processo de perfuração do subsolo com o objetivo de investigar formações geológicas em profundidade e coletar amostras para caracterização de minerais e rochas, análises químicas e perfilagens diversas.
Na exploração mineral, a sondagem é essencial para:
Investigação de anomalias e descobrimento de nova jazidas;
Delimitar jazidas;
Definir teores e reservas;
Avaliar a continuidade e geometria do corpo mineralizado;
Gerar dados confiáveis para estudos de viabilidade econômica.
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Métodos de Sondagem
Metodologias de Sondagem na Exploração Mineral
A escolha da metodologia depende do tipo de mineralização, profundidade alvo, geologia local e orçamento disponível.
Principais metodologias aplicáveis à Exploração Mineral:
1. Sondagem Rotativa Diamantada (Core Drilling)
Técnica: perfuração por rotação com coroa diamantada.
Equipamentos: sonda rotativa, hastes, barrilete, coroa diamantada, fluido de perfuração.
Material coletado: testemunhos cilíndricos de rocha (core).
Diâmetros comuns: NQ (47.6 mm), HQ (63.5 mm), PQ (85 mm), entre outros.
Profundidade máxima: depende do diâmetro da perfuração, do modelo e potência da sonda. A maioria das sonda, normalmente podem passar dos 700m em diâmetro NQ. Sondas mais potentes podem ultrapassar os 1.500 metros ou mais. Há registros recorde de sondagem diamantada com cerca de 3.400 metros .
Aplicação: ideal para caracterização geológica, estrutural e mineralógica de depósitos profundos.
2. Sondagem Modular (Variação de Rotativa Diamantada)
Técnica: perfuração por rotação com coroa diamantada, que utiliza sistema modular com equipamentos desmontáveis e transportáveis manualmente ou por veículos leves.
Equipamentos: sonda rotativa, hastes, barrilete, coroa diamantada, fluido de perfuração.
Material coletado: testemunhos cilíndricos de rocha (core).
Diâmetros comuns: NQ (47.6 mm), HQ (63.5 mm).
Profundidade máxima: depende do diâmetro da perfuração, do modelo e potência da sonda. A maioria das sonda, normalmente podem passar dos 300m em diâmetro NQ. Sondas mais potentes podem chegar aos 700 metros ou mais.
Aplicação: ideal para caracterização geológica, estrutural e mineralógica de depósitos profundos. Utilizada na exploração mineral, especialmente em áreas remotas, de difícil acesso ou com restrições de supressão vegetal.
3. Sondagem de Circulação Reversa (RC)
Técnica: perfuração com broca de bits e circulação de ar comprimido.
Equipamentos: sonda RC, coluna dupla concêntrica, compressor de alta pressão, ciclone.
Material coletado: fragmentos de rocha (chips) com possibilidade de alguma contaminação entre amostras.
Diâmetro: geralmente entre 114 mm e 140 mm.
Profundidade máxima: normalmente 300–500 metros.
Aplicação: excelente para amostragem rápida em campanhas de reconhecimento e controle de teor.
4. Sondagem a trado (Mecânico e Manual)
Técnica: simples, econômica e amplamente utilizada em exploração mineral rasa, estudos preliminares.
Equipamentos: trado cavadeira, helicoidal ou concha (Manual). Motor, haste rotativa, sistema de avanço hidráulico (Mecânico)
Material coletado: amostras deformadas/fragmentada de solo e saprólito (sem preservação da estrutura original).
Profundidade: até 7m (manual) e até 20m (mecânico)
Aplicação: investigação rasa de anomalias geoquímicas, estudos geotécnicos e ambientais.
Aplicação de Tecnologia:
Telecomando de sondas e braços hidráulicos (mãos livres): sistema que permite a operação da sonda à distância proporcionando a maior segurança para a equipe de sondagem.
Sistemas digitais de aquisição de dados: registram profundidade, recuperação e qualidade da amostra em tempo real.
Boletins Digitais: Sistema online que permite o registro das informações da sondagem em tempo real, podendo ser acessado remotamente pela internet.
Sistemas de orientação de testemunhos de sondagem: sistema acoplado à coluna de perfuração (tubo interno do barrilete) buscando preservar a posição original da rocha, para posterior medição de estruturas geológicas.
Sistemas de medição de desvio de furos: sistema acoplado a um cabo de aço que percorre o furo de sondagem para levantamento da trajetória real da perfuração.
Perfilagem geofísica: sensores para medir resistividade, cargabilidade, resposta eletromagnética e outros parâmetros, são normalmente utilizados no furo pós sondagem.
Monitoramento de nível d'água: sensores conhecido popularmente como piu, são normalmente utilizados no furo pós sondagem.
Modelagem 3D: integração dos dados de sondagem com softwares como Leapfrog, Micromine ou Datamine.
Desafios:
Alto custo por metro perfurado (especialmente em sondagem diamantada).
Logística complexa em áreas remotas ou de difícil acesso.
Necessidade de controle rigoroso de QA/QC na amostragem.


Sondagem Diamantada
Método preciso e mais utilizado para exploração mineral em profundidade com alta qualidade.
Circulação Reversa
Técnica excelente para amostragem rápida e em grandes volumes em campanhas de reconhecimento e controle de teor.
Sondagem a Trado
Método tradicional para coleta de amostras em solos e rochas superficiais. Pode ser manual ou mecânico.
O Papel da Sondagem na Exploração Mineral
A sondagem é uma das etapas mais importantes da Exploração Mineral, representando o elo entre os levantamentos prévios (geológicos, geoquímicos e geofísicos) e a confirmação da existência de uma jazida e avaliação e sua viabilidade econômica. Seu papel central está em acessar diretamente o subsolo, permitindo a coleta de amostras e informações precisas sobre a continuidade, qualidade e volume dos recursos minerais de interesse.
A sondagem permite investigar as características geológicas ocultas sob a superfície, possibilitando descobrir, delimitar e avaliar potenciais jazidas minerais.
Por que a sondagem é tão importante?
Confirmação de anomalias geofísicas e geoquímicas
Antes da sondagem, estudos preliminares como mapeamento geológico, levantamentos geofísicos e análises geoquímicas indicam áreas promissoras. A sondagem entra como ferramenta de verificação, revelando se essas anomalias realmente correspondem a concentrações minerais economicamente viáveis.Coleta de amostras representativas
Técnicas como a sondagem diamantada permitem extrair testemunhos cilíndricos de rocha, que são fundamentais para entender as características dos materiais geológicos acessados e para análises laboratoriais. Esses testemunhos revelam a composição, textura, estrutura e mineralogia das rochas, além de fornecer dados sobre teor e distribuição dos minerais.Modelagem geológica e estimativa de recursos
Com os dados obtidos, é possível construir modelos tridimensionais da jazida, estimar volumes, teores e calcular o potencial econômico do depósito. Isso orienta decisões sobre viabilidade técnica e financeira de uma possível futura operação de mineração.
Impacto na descoberta de novas jazidas:
Sem a sondagem, a exploração mineral seria como tentar encontrar um tesouro às cegas. Ela transforma hipóteses em conhecimento concreto, reduz riscos e aumenta a precisão na tomada de decisões. É graças à sondagem que novas jazidas de ouro, ferro, cobre, lítio e outros minerais estratégicos vêm sendo descobertas em todo o mundo.
Por meio da sondagem, é possível:
Caracterizar a geologia, identificando litologias, estruturas, alterações hidrotermais e mineralizações;
Obter amostras representativas do corpo mineralizado, fundamentais para análises químicas, mineralógicas e metalúrgicas;
Confirmar a existência de zonas mineralizadas e descoberta de novos depósitos minerais;
Definir a geometria do depósito, como espessura, profundidade, mergulho e extensão lateral;
Estimar recursos minerais, servindo de base para estudos de viabilidade econômica, entre outros;
Reduzir incertezas, apoiando a tomada de decisão em investimentos e reduzindo o risco na mineração.
A descoberta de novas jazidas depende diretamente da qualidade da informação gerada pela sondagem. Diferentes métodos, como sondagem rotativa diamantada, circulação reversa (RC) ou trado, são escolhidos conforme a profundidade desejada, o tipo de terreno e a precisão necessária na coleta das amostras. Além disso, o avanço tecnológico tem proporcionado maior eficiência, segurança e detalhamento, com equipamentos automatizados e uso de sensores digitais. Adicionalmente, softwares de modelagem 3D permitem o melhor aproveitamento das informações geradas na sondagem e apoiam planejamentos mais precisos.
A sondagem se consolida como ferramenta indispensável para transformar potenciais geológicos em reservas minerais, viabilizando o desenvolvimento de novos projetos e garantindo a continuidade da indústria mineral.




📚 Bibliografia indicada sobre métodos de sondagem aplicados à prospecção mineral:
Pereira, R. M. (2012)
Título: Fundamentos de Prospecção Mineral
Editora: Seven Books Editora e Distribuidora Ltda
Volume/Páginas: 1ª edição, 354 páginas
Abrange os principais métodos de sondagem utilizados na pesquisa mineral, com foco na técnica rotativa diamantada, além de aspectos práticos da prospecção no Brasil.
Cavalcanti Neto, M. T. O.; Rocha, A. M. R. (2010)
Título: Noções de prospecção e pesquisa mineral para técnicas de geologia e mineração
Editora: IFRN
Ebook técnico destinado à formação técnica, apresenta fundamentos da pesquisa mineral com destaque para métodos de sondagem e práticas de campo.
Calmon, E. R. C. (2023)
Título: Aplicação da sondagem direcional à pesquisa mineral como alternativa ambiental
Editora: Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
Volume/Páginas: Trabalho de Conclusão de Curso, 40 páginas
Explora o uso da sondagem direcional como alternativa sustentável na exploração mineral, com estudo de caso e análise comparativa. Acesse aqui
Reedman, J. H. (1979)
Título: Techniques in Mineral Exploration
Editora: Springer
Volume/Páginas: 1ª edição, 534 páginas
Obra clássica que cobre uma ampla gama de técnicas de exploração mineral, incluindo métodos de sondagem, geoquímica e geofísica, com abordagem técnica detalhada.
Marjoribanks, R. W. (1997)
Título: Geological Methods in Mineral Exploration and Mining
Editora: Springer Science+Business Media
Volume/Páginas: 2ª edição, 242 páginas
Guia prático para geólogos de exploração, com foco em planejamento de sondagens, amostragem, registro geológico e interpretação de dados.
Amadike, M. P.; et al. (2024)
Título: Drilling Methods and Applications in Engineering and Geology: A Review
Editora: IIARD Journals
Volume/Páginas: Volume 10, Número 3, páginas 40–65
Revisão técnica sobre os principais métodos de perfuração utilizados em engenharia e geologia, com aplicações diretas na prospecção mineral.
Sondagem Rotativa Diamantada
A sondagem rotativa diamantada consiste na perfuração de rochas por meio de uma coroa diamantada acoplada a uma coluna de hastes, com o objetivo de recuperar testemunhos cilíndricos de rocha. Além da Exploração Mineral, é amplamente utilizada em projetos de mineração, geotecnia e hidrogeologia.
Componentes Principais:
Coroa diamantada: ferramenta de corte com diamantes industriais, adaptada ao tipo de rocha.
Barrilete: hospeda o tubo interno, o qual retém o testemunho.
Coluna de hastes: transmite rotação e peso à coroa.
Sonda rotativa: equipamento que gera rotação e avanço.
Fluido de perfuração: usado para resfriamento, transporte de detritos e estabilização do furo.
Sistema Wireline:
O sistema Wireline revolucionou a sondagem diamantada ao permitir a recuperação do testemunho sem desmontar a coluna de hastes. Funciona assim:
Um cabo de aço é descido pelo interior das hastes até o barrilete.
Um dispositivo chamado overshot acopla-se ao tubo interno (camisa).
O tubo interno é puxado até a superfície, contendo o testemunho, economizando tempo e aumentando a produtividade.
Esse sistema é padrão em sondagens profundas e permite uso de barriletes como NQ, NQ2, HQ, PQ e HQ3, sendo este último ideal para formações inconsolidadas.
Desvio de Trajetória e Medição:
Durante a perfuração, é comum ocorrer desvio da trajetória do furo, especialmente em rochas heterogêneas ou inclinadas. Para monitorar isso, são utilizados:
Ferramentas de orientação magnética ou giroscópica (Ex.: IMDEX OMNIx).
Sensores de inclinação e azimute acoplados à coluna.
Softwares de modelagem 3D que integram os dados de trajetória com o modelo geológico.
Esses sistemas garantem que os dados sejam confiáveis para interpretações e modelagem de recursos, com correto posicionamento das unidades no espaço 3D.
Orientação de Testemunhos:
A orientação de testemunhos é essencial para estudos estruturais (falhas, fraturas, veios, eixos de dobra, etc). Os métodos incluem:
Ferramentas de orientação óptica ou mecânica acoplada ao tubo interno (Ex.: IMDEX ACTx, Devico).
Marcação física no testemunho com linha de referência.
Equipe treinada e dedicada para preservação da posição original da rocha.
Esses dados são cruciais para entender o comportamento estrutural do depósito e orientar lavra futura.
Fluidos Biodegradáveis e Insumos:
A responsabilidade ambiental também chegou à sondagem. Hoje, é comum o uso de Fluidos biodegradáveis à base de polímeros naturais (ex: goma xantana, guar, celulose modificada, amido modificado).
Funções: controlar viscosidade e perda de filtrado, estabilizar furo, lubrificar.
Esses insumos garantem menor impacto em áreas sensíveis e maior conformidade com normas ambientais.
Vantagens da sondagem diamantada:
Alta qualidade e representatividade das amostras.
Permite estudos geológicos, mineralógicos e estruturais detalhados.
Grandes profundidades de investigação com controle preciso.
Compatível com tecnologias modernas de orientação de testemunhos e perfilagem.
Desafios:
Custo elevado por metro perfurado.
Logística complexa em áreas remotas.
Necessidade de equipe especializada.
Risco de desvio de trajetória e perda de testemunho em formações instáveis.
📏 Como se mede a profundidade de um furo de sondagem diamantada?
Elementos considerados:
Comprimento total das hastes utilizadas
Cada haste geralmente tem comprimento padrão (geralmente 3 metros). A profundidade é calculada pela soma dos comprimentos das hastes já inseridas no furo (soma).Comprimento do barrilete
O barrilete (onde o testemunho é coletado) também tem comprimento fixo (ex:4 metros). Ele deve ser somado à profundidade quando está em uso (soma).Sobra (se houver)
Se a última haste inserida na composição tiver uma sobra (fração) acima do cabeçote da sonda, deve ser considerada na medição (subtração)Posição do cabeçote da sonda
A altura do cabeçote em relação ao nível do terreno (ou distância do cabeçote ao terrenos em caso de furos inclinados) deve ser considerada na medição (subtração).
Cálculo da profundidade
A fórmula básica é:
Profundidade total (m) = (número de hastes × comprimento das hastes) + comprimento do barrilete - sobra - Altura do cabeçote da sonda.
Exemplo:
40 hastes de 3 metros = 120 m
Barrilete de 4 m
Altura do Cabeçote de 1,5m
Sobra de 0,5m
Profundidade total = 122m
Esse valor é atualizado a cada avanço do furo e registrado em boletins de campo.
Cuidados e desafios
Desvio de trajetória: a profundidade real pode diferir da profundidade vertical, especialmente em furos inclinados.
Perda de testemunho: se o barrilete não recuperar totalmente o material, a profundidade precisa ser ajustada.
Erro cumulativo: medições manuais podem acumular erros se não forem conferidas com frequência.
Sondagem Diamantada
Método preciso para exploração mineral em profundidade e alta qualidade.
Testemunhos de sondagem
Técnica permite a recuperação de testemunhos de sondagem intactos, ideal para caracterização geológica, estrutural e mineralógica de depósitos profundos.
📚 Bibliografia indicada sobre métodos de Sondagem Rotativa Diamantada:
Silva, F. A. da (2001)
Título: Protótipo para o monitoramento de sondas rotativas e aplicação na prospecção geológico-geotécnica
Editora: Universidade de São Paulo (USP) – Instituto de Geociências
Volume: Tese de Doutorado
Páginas: 248 páginas
Desenvolve um sistema de monitoramento para sondas rotativas diamantadas, correlacionando parâmetros operacionais com características geológicas e geotécnicas dos materiais perfurados. Acesse aqui.
Silva, L. A. (2016)
Título: Análise Comparativa de Desempenho de Sondas Rotativas em Pesquisa Mineral
Editora: Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão
Volume: Trabalho de Conclusão de Curso
Páginas: 65 páginas
Compara o desempenho de sondas rotativas convencionais e wireline em campanhas de prospecção mineral, avaliando produtividade, disponibilidade mecânica e eficiência. Acesse aqui.
Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental – ABGE (2023)
Título: NORMA ABGE 104/2023 — Sondagem rotativa e procedimentos executivos
Editora: ABGE
Norma Técnica que estabelece diretrizes e procedimentos executivos para sondagem rotativa, incluindo aspectos operacionais, ambientais e de segurança.
Reedman, J. H. (1979)
Título: Techniques in Mineral Exploration
Editora: Springer
Volume: 1ª edição
Páginas: 534 páginas
Abrange uma ampla gama de técnicas de exploração mineral, com capítulos dedicados à sondagem rotativa diamantada e sua aplicação em diferentes tipos de depósitos.
Liu Guandzhi (1992)
Título: Diamond Drilling Handbook
Editora: Geological Publishing House (Beijing, China)
Volume: 1ª edição
Páginas: 582 páginas
Abrange detalhadamente os princípios, equipamentos, ferramentas e tecnologias envolvidas na sondagem rotativa diamantada. Inclui tópicos como design de bits, fluidos de perfuração, instrumentos giroscópicos e classificação da perfurabilidade das rochas.
A sondagem rotativa diamantada modular é uma técnica amplamente utilizada na exploração mineral, especialmente em áreas remotas ou de difícil acesso. Ela combina a precisão da sondagem diamantada com a praticidade de um sistema modular, permitindo perfurações profundas com equipamentos desmontáveis e transportáveis manualmente ou por veículos leves.
Como funciona?
O diferencial está na modularidade: os componentes do equipamento (mastro, motor, bomba, cabeçote) são separados em módulos leves, facilitando o transporte e montagem em campo.
Vantagens
Alta qualidade de amostras
Permite coleta de testemunhos contínuos, essenciais para análises geológicas, geoquímicas e geotécnicas.Mobilidade em terrenos difíceis
Ideal para regiões montanhosas, florestas densas ou áreas sem acesso rodoviário. Os módulos podem ser transportados por helicóptero, animais de carga ou até por operadores.Menor impacto ambiental
Por dispensar grandes estruturas e veículos pesados, reduz a necessidade de abertura de estradas e áreas de apoio, possibilitando processos de licenciamento ambiental menos complexos e onerosos. Praças podem ser montadas sobre plataformas suspensas de madeira, sem a necessidade de corte e aterro.Flexibilidade operacional
Pode ser montado em plataformas pequenas, e/ou giratórias, adaptando-se a diferentes condições de campo.
Desafios
Limitação de profundidade
Embora eficiente, a capacidade de perfuração é menor em comparação com sondas convencionais de grande porte.Produtividade reduzida
A operação modular tende a ser mais lenta, exigindo mais tempo para montagem, desmontagem e avanço da perfuração.Dependência de mão de obra especializada
A montagem e operação exigem técnicos treinados para garantir segurança na locomoção e montagem.Custo por metro perfurado
Pode ser mais elevado em projetos extensos, devido à logística e tempo de operação.
Aplicações típicas
Programas de sondagem em áreas com cobertura vegetal densa
Estudos preliminares em regiões de difícil acesso
Projetos de prospecção mineral em estágio inicial
Investigações geotécnicas em encostas ou zonas urbanas restritas
Sondagem Rotativa Diamantada Modular: Precisão e Mobilidade


Sondagem por Circulação Reversa (RC)
A sondagem por circulação reversa (RC) é uma técnica amplamente utilizada na exploração mineral, especialmente em fases intermediárias de prospecção. Ela permite a coleta de amostras pulverizadas de rocha com rapidez e boa representatividade, sendo ideal para perfurações profundas em terrenos secos e consolidados.
Equipamentos Utilizados
Sonda RC montada em caminhão ou plataforma
Equipamento com torre de perfuração, compressor de ar e sistema de coleta de amostras.Compressor de alta potência
Equipamento geralmente montado em caminhão dedicado ou plataformaHastes duplas (inner & outer tube)
Permitem a circulação reversa do ar e transporte do material perfurado, geralmente acondicionadas em um terceiro caminhão.Martelo de fundo (Down-the-Hole Hammer)
Utiliza ar comprimido para perfuração rápida e eficiente.Ciclone separador e cone de amostragem
Separam o material particulado e direcionam a amostra para coleta.Sistema de coleta (quarteador, sacos, balança, baldes ou tubos)
Fraciona e armazena as amostras para análise geoquímica e duplicadas.
Metodologia de Perfuração e Amostragem
Perfuração com ar comprimido
O martelo de fundo quebra a rocha, gerando partículas finas.Circulação reversa do ar
O ar entra pelo tubo externo das hastes e retorna pelo interno, carregando o material até a superfície.Separação e coleta da amostra
O ciclone separa o pó da rocha, e o cone direciona a amostra para recipientes específicos.Controle de contaminação
A amostragem é feita em intervalos regulares (geralmente a cada metro), com limpeza do ciclone, quarteador e outros equipamentos entre amostras para aumentar a precisão.
Materiais e Insumos
Diesel para sonda, compressor e caminhões
Lubrificantes para o martelo e sistema pneumático
Sacos plásticos grandes e pequenos para amostras
Etiquetas e fichas de campo
Equipamentos de proteção individual (EPIs)
Equipe Envolvida
Operador de sonda
Responsável pela perfuração e controle do equipamentoAuxiliares de sondagem
Apoia na coleta, limpeza e organização das amostrasGeólogo de campo
Supervisiona a qualidade das amostras e descreve os dados geológicos de cada amostra.Técnico de segurança
Garante conformidade com normas de segurança e meio ambiente
Vantagens
Alta produtividade e velocidade de perfuração
Boa representatividade para análises geoquímicas (grandes volumes de amostras)
Menor custo por metro perfurado em comparação à sondagem diamantada
Ideal para terrenos secos e consolidados
Menor geração de resíduos líquidos
Desafios
Não fornece testemunhos íntegro de rocha (sem estrutura geológica visível)
Menor precisão em terrenos alterados ou úmidos
Risco de contaminação cruzada entre intervalos
Necessidade de controle rigoroso na coleta e limpeza dos equipamentos
Limitações em terrenos muito fragmentados ou com presença de água
Requer praça de sondagem grande para comportar os equipamentos e volume de amostras geradas.


Esquema de praça de Sondagem RC
A sondagem RC entrega resultados rápido e com alta representatividade de volume amostral, conduto querer uma logística bastante complexa, com praças de sondagem amplas, geralmente tendo que comportar até 03 caminhões para a operação.
Amostragem de Circulação Reversa
As amostras geradas geralmente correspondem a cada metro perfurado e atingem cerca de 40kg de material geológico triturado.
Através do processo de quarteamento, o material é reduzido em amostras menores sucessivamente até atingir o volume desejado para envio ao laboratório (cerca de 2 kg).
Grandes volumes de amostras são gerados permitindo a produção de várias duplicadas de uma mesma amostra, que podem ser estocadas para fins de QAQC. Contudo grandes o grande volume pode requerer amplos espaços para estocagem do material, caso esta opção seja adotada.
📚 Bibliografia indicada sobre métodos de Sondagem de Circulação Reversa (RC):
Gomes, C. C. O.; Spangenberg, I. C.; Vieira, M. M. S.; Bhering, A. P.; Costa, J. F. C. L. (2019)
Título: Reverse Circulation Drilling for Gold: Geological Context and Sampling Method Validation – Córrego do Sítio Mines, Brazil
Editora: Australasian Institute of Mining and Metallurgy (AusIMM)
Volume: World Gold 2019 – Conference Proceedings
Páginas: pp. 35–54
Avalia a aplicação da sondagem RC em depósitos auríferos com alto efeito pepita, validando o método por meio de QA/QC, furos gêmeos e controle de umidade.
Thomas, B. (2012, atualizado em 2024)
Título: Reverse Circulation (RC) Drilling: Theory and Applications
Editora: I2M Associates
Volume: Editorial técnico
Páginas: Variável conforme versão
Revisão sobre a evolução da sondagem RC desde os anos 1970, com foco em estrutura de perfuração, transporte de amostras e aplicações em diferentes tipos de depósitos minerais.
Sondagem a Trado
A sondagem a trado é um método de investigação do subsolo por perfuração manual ou mecanizada, utilizando ferramentas chamadas “trados” para coletar amostras de solo. É uma técnica simples, econômica e amplamente utilizada em exploração mineral rasa, estudos preliminares de engenharia e meio ambiente.
Aplicabilidade
Exploração mineral rasa, especialmente em solos lateríticos ou saprolíticos.
Reconhecimento geotécnico preliminar para fundações, aterros e obras civis.
Determinação do nível freático (N.A.).
Coleta de amostras deformadas para análises geoquímicas ou ensaios laboratoriais (granulometria, umidade).
Instalação de poços de monitoramento ambiental.
Tipos de Trado
1. Trado Manual
Ferramentas: trado cavadeira, helicoidal, concha ou holandês.
Profundidade típica: até 5–7 metros, dependendo da resistência do solo.
Aplicação: áreas de difícil acesso, terrenos inclinados, locais sem energia.
2. Trado Mecânico
Equipamentos: perfuratriz leve com motor, haste rotativa, sistema de avanço hidráulico.
Profundidade típica: até 15–20 metros.
Aplicação: maior produtividade em solos coesivos ou compactos.
Componentes e Insumos
Trados metálicos de diferentes formatos.
Hastes de extensão para profundidade adicional.
Tripé ou suporte (manual).
Lubrificantes biodegradáveis (em modelos mecanizados).
Recipientes para amostras: sacos plásticos, etiquetas de identificação.
Características das Amostras
Tipo: amostras deformadas/fragmentada (sem preservação da estrutura original).
Volume: geralmente 4–5 kg por metro.
Utilização: ensaios físicos e químicos em laboratório.
Limitação: não indicadas para estudos estruturais ou mineralógicos detalhados.
Vantagens
Baixo custo operacional.
Alta mobilidade, ideal para terrenos acidentados.
Execução rápida, especialmente em solos pouco resistentes.
Baixo impacto ambiental, sem necessidade de fluidos de perfuração.
Equipamentos simples, fáceis de transportar e operar.
Desafios
Baixa profundidade alcançável, limitada por resistência do solo.
Amostras deformadas, com menor representatividade geológica.
Dificuldade de avanço abaixo do nível freático, risco de colapso das paredes.
Impossibilidade de perfurar rochas ou solos muito compactos.
Alta demanda de esforço físico principalmente no modelo manual.




📚 Bibliografia indicada sobre métodos de Sondagem a Trado:
Pereira Filho, E. (2017)
Título: Sondagem a Trado
Editora: AP&L Geotecnia e Fundações
Volume: Artigo técnico
Páginas: 6 páginas
Apresenta os fundamentos da sondagem a trado, incluindo tipos de trado (concha e helicoidal), montagem dos equipamentos, profundidade típica, limitações e cuidados operacionais.
Fonte: AP&L Geotecnia


